A produção milionária de "O médico e o monstro" fez o impensável, transformou uma peça extremamente conhecida em outros idiomas em um dos mais grandiosos espetáculos que São Paulo viu nos últimos tempos. A produçã custou R$6 milhões.
Contando uma história de Robert Louis Stevenson, que se passa na Londres de 1885, onde o Dr. Henry Jekyll cria uma fórmula que visava isolar o lado mau do ser humano. A reviravolta se dá quando tanto o público quanto o próprio Jekyll percebem que o teste deu errado, a fórmula despertou nele um alter ego mau: Edward Hyde. A história desenvolve-se na luta do doutor contra seu outro lado. Com as participações de Emma, a noiva do médico, e Lucy, a prostituta que é objeto de desejo de Hyde, a história vai caminhando inexoravelmente para seu final trágico.
Pode parecer que, por se tratar de uma história previamente conhecida, as surpresas são quase nulas, e são, no que diz respeito à história, porém temos a espetacular surpresa de nos deliciarmos com as performances de Nando Prado, Kiara Sasso, ("A Noviça Rebelde")e Kacau Gomes ("Beatles num céu de Diamantes") que interpretam o Dr. Jekyll, Emma e lucy respectivamente. Juntamente com esses grandes atores, uma orquestra com 17 músicos se apresentavam para compor a trilha. Não podemos esquecer de mencionar a beleza dos figurinos assinados por ninguém menos que Fause Haten.
A peça é surpreendentemente cativante mas o é de forma totalmente diferente dos outros musicais. É uma peça difícil, longa, e totalmente alheia aos moldes previamente vistos no Brasil, isso pode ser "culpa", se é que podemos chamar assim, do diretor da peça o americano radicado no Rio de Janeiro, Fred Hanson.
O cenário se de J.C. Serroni é impactante e metafórico, fazendo uso constante de uma ponte que liga um lado ao outro. A iluminação só poderia ser melhor na cena da chuva.
Valeu a pena enquanto durou.
Agora é esperar para ver o que o grandioso Teatro Bradesco trouxe nesse mês: A Gaiola das Loucas, com Diogo Vilela e Miguel Falabela.
Alguém duvida que vai ser bom?
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