terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mais sobre o mesmo...

Seguem abaixo alguns blogs que gostaríamos de indicar aos nossos visitantes. Esses blogs tratam, junto à outras coisas, do mundo virtual e seus desdobramentos sociais e também sobre atualidades.

Blog do Tas - O blog do jornalista, apresentador do CQC, e "multi-task man" é super interessante e tem sempre novidades. Existe desde 2004 e o eterno Ernesto Varela tem uma relação muito forte com as redes sociais, que se tornaram assunto de algumas de suas palestras. Go!

Lab de Ideias 1000 - Blog sobre atualidades que escolhemos por mostrar a relação de uma pessoa comum com o mundo mostrada através do mundo virtual.


Blog da Comunicação - Diversos colunistas se juntam para fazer um blog com foco na comunicação. Eles se conheceram na Faculdade de Jornalismo, e o blog nasceu na sala de aula. Vale muito a pena conhecer...


Ad Me- Atualidades da Web: vídeos, redes sociais, sites e campanhas. O foco é a publicidade mas mesmo assim é muito interessante e para quem quer ficar antenado não tem nada melhor!


E a dica extra é o Colherada Cultural - GENIAL! Acesse todos os dias, sempre tem novidades sobre música, TV, cinema, teatro e programas culturais.



domingo, 29 de agosto de 2010

01001101 01110101 01101110 01100100 01101111 00100000 01110010 01100101 01100001 01101100


O código binário do título quer dizer: mundo real. A palavra “digital” quer dizer justamente isso: transformar o mundo real em código binário. Vivendo numa sociedade que já pressupõe que todas as informações sejam automaticamente transformadas em código binário, como diferenciar as culturas das mídias e a digital?
A cultura das mídias pode ser resumida pelo pensamento de McLuhan: “o meio é a mensagem”. Esse pensamento consiste no fato de que o meio que escolhemos utilizar para transmitir a mensagem diz tanto sobre ela quanto a mesma. Ou seja, ao escolhermos nos utilizar da Internet para transmitir mensagens para os nossos receptores estamos dizendo muito mais do que apenas o conteúdo da mensagem. Na cultura das mídias, onde mídia é qualquer meio, vemos sociedades completamente mediadas por recursos digitais, assim como foram as culturas oral, escrita e impressa.
Quando uma cultura surge ela não destrói as outras e sim somá-se às antigas porém detém maior atenção o que intensifica a sua força, portanto é natural pensar que a cultura das mídias é uma junção de todas as outras, ou seja, uma mistura de linguagens.
A cultura digital é a potencialização da cultura das mídias inserindo nela a ideia do transitório, da possibilidade de escolha, e da produção ilimitada de informações. Essa cultura surge como uma primeira reação à essas exigências do capitalismo moderno e também como uma necessidade partir da II Guerra Mundial e da Guerra Fria, quando o código binário foi criado.



O mundo moderno, do capitalismo acelerado exige que as trocas das novidades sejam rápidas. O produto que é novo hoje, não será novo amanhã, o capitalismo sabe disso e a cultura digital toma esse conhecimento e o aplica a informação também: nascendo assim a idéia de transitório.
A possibilidade de escolha quer dizer que a partir do momento em que a informação é tratada como mercadoria o receptor terá o poder de escolher sobre o que quer saber e como quer sabê-lo. Como decorrência disso e da facilidade do receptor tornar-se emissor temos uma capacidade ilimitada de produção de informações.



A cultura digital tem grande impacto nas artes. Hoje em dia fotografia, música e cinema estão contaminados, no melhor sentido da palavra, pelo digital. Em todos eles vemos a mistura de linguagens e as novas maneiras de divulgações e representações. Além disso nas artes digitais há a pressuposição de uma interatividade só possível à partir da digitalização das artes, Acessando a esse site Phantasian ou assistindo ao vídeo desse site você, leitor, poderá experimentar um pouco da interatividade, ou vê-la em ação.
O que virá a seguir?


Fonte: SANTAELLA, Lúcia. “Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós humano”.

Redes Sociais ou Anti-Sociais?

Com a invenção da Internet, surgiram também, as redes sociais, que são mecanismos que permitem que as pessoas fiquem "conectadas" ao mundo. Através dessas redes, podemos manter contato com amigos, colegas de trabalho, familiares, e qualquer outra pessoa desejada, esteja ela longe ou perto.
O objetivo das redes sociais é justamente essa união das pessoas, mas se pararmos para pensar um pouco nos efeitos que essas redes têm causado, podemos observar que elas também podem promover justamente o afastamento das pessoas.
A partir do momento que as pessoas puderam passar a se comunicar utilizando apenas um computador conectado à internet, deixaram de lado outras formas mais tradicionais e afetivas de comunicação.
A maioria dos jovens hoje em dia, só se comunicam através de orkut, facebook, msn e mensagens de celular. Perdeu-se o costume de telefonar para um amigo distante, ou até mesmo passar na casa de um amigo que mora perto, só para saber como ele está.
As pessoas passaram a se "relacionar" com telas brilhantes ao invés de outras pessoas.
Quem nunca perdeu um encontro que os amigos marcaram por Orkut, só porque não entrou na rede a tempo de saber do compromisso e se perguntou depois: "Mas por que ninguém me ligou?"?!
Parece que com o avanço da tecnologia, as pessoas vão esquecendo que existem formas bem mais simples, afetivas e agradáveis de se comunicar.
É claro, que é maravilhoso poder conversar e até ver um amigo que mora do outro lado do mundo usando apenas seu computador, mas e quanto aos encontros de amigos, colegas de trabalho, etc?!
Não só a internet, como a tecnologia em geral, é capaz de "separar" as pessoas fazendo com que se distraiam com seus visores, fones e outros adereços, e deixando assim, de conversarem e conviverem mais com seus membros da família, amigos, colegas de trabalho, etc...
Porém, o grande problema das redes sociais é que as pessoas que nela estão conectadas, desejam na verdade se relacionar com as pessoas, mas o que acaba acontecendo é justamente essa inversão da projeção de uma relação de verdade com a relação para com uma tela de computador.
Pode ser um pouco de saudosismo, mas as relações entre as pessoas parecem ter se tornado bem mais "frias" depois do advento da internet, e talvez seja a hora de pensarmos num modo de equilibrar melhor a vida real com a virtual e avaliarmos se essas redes não estariam mais próximas de serem chamadas REDES ANTI-SOCIAIS.

domingo, 15 de agosto de 2010

Filosofia da Caixa Preta - Vilém Flusser

Neste ensaio, Flusser fala sobre a relação do homem com os instrumentos que inventa e como essas invenções passam a “moldar” o jeito que este percebe o mundo.


A princípio, os instrumentos são inventados como modelos do próprio corpo humano, o que acontece posteriormente porém, é que o homem acaba esquecendo do modelo e “aliena-se”, passando então a tomar o instrumento como modelo do mundo, da sociedade e de si próprio.

A instrumentalização faz com que a sociedade fique cada vez mais alienada, o uso cada vez maior de máquinas e tecnologia faz com que o homem passe a ser “programado” e viva somente conforme as condições desses instrumentos.
Como neste blog falaremos sobre a influência da internet na vida das pessoas, também podemos analisá-la como "instrumento" que vira modelo de mundo para o homem. A partir do momento em que surgiu, está cada vez mais presente no cotidiano de todos, e cada vez mais interfere no modo como as pessoas se relacionam e vêem o mundo.
Voltando ao texto, Flusser destaca a máquina fotográfica, que com suas inúmeras possibilidades dá ao fotógrafo a ilusão de que está fazendo algo diferente enquanto na verdade, este só está operando conforme o que já está “programado” pelo instrumento.

O autor acredita então, que é necessário uma filosofia da fotografia devido a potencialidade que esta pode ter de libertar o homem dessa “prisão” proporcionada pelas máquinas.

Flusser propõe a liberdade dos fotógrafos, que devem buscar “driblar” seus instrumentos a fim de atingir um “branqueamento da caixa preta” e assim, produzirem imagens que não são pré-programadas por seus aparelhos.

A filosofia da fotografia então, seria necessária para que haja uma conscientização da práxis fotográfica, com o objetivo de conseguir a liberdade individual em um mundo programado por aparelhos.

"O que acontece na Internet fica na Internet"?

O objetivo do blog é tratar as relações interpessoais que estão, cada dia mais, sendo transferidas para Internet. No mundo da conectividade global há uma banalização das relações e uma migração dessas para o espaço virtual resultando em um isolamento e posteriormente, em uma dificuldade de relacionamento “real”.
O mundo virtual é um espaço livre o que legitima, na concepção do usuário, qualquer tipo de ação e comportamento. Podemos evidenciar isso com o crescimento de casos de pedofilia e exposição de intimidade, agressividade no tratamento do próximo e a ideia de impunidade que acaba mediando todos esses comportamentos. A criação de uma legislação virtual mostra-se cada vez mais urgente. 
A relação interpessoal banalizada é mostrada através do aumento no número de casos de pessoas que se conhecem e convivem somente através da Internet. É assustador o fato que pessoas prefiram realcionar-se através da rede e não pessoalmente e como isso tem aumentado o isolamento individual. É possível considerar a Internet uma nova plataforma de casamata que traz segurança, afinal é possível realizar quase tudo através dela além de ser mais seguro pois ao sair na rua você pode correr riscos no campo da sua segurança pessoal.
O blog vai também tratar do aumento no número de pessoas que adquirem fama através da exposição na Internet, fama essa que pode ser classificada informalmente de “benigna” ou “maligna”.

Todos os desdobramentos possíveis vão sobre o homem virtual serão abordados aqui.